Ataque a Israel em 7 de outubro de 2023.| Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI
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O ministro de Assuntos de Detentos e Ex-detentos palestino, Qadura Fares, afirmou neste domingo (12) que Israel deverá libertar 1,2 mil prisioneiros palestinos nas próximas semanas. A medida, anunciada por Fares em entrevista ao jornal israelense Haaretz, surge em meio a notícias de que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia dado o “sinal verde” para que o diretor da agência de inteligência e operações especiais Mossad, David Barnea, negocie um cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas. A informação da possível libertação de palestinos, entretanto, ainda não foi confirmada pelo governo israelense.

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Entre os 1,2 mil prisioneiros que poderão ser libertados, cerca de 200 deles estariam cumprindo prisão perpétua sob regime israelense. Ainda segundo Fares, os indivíduos libertados incluirão homens, mulheres e menores de idade. A última troca de reféns entre Israel e Palestina aconteceu há um ano e meio, entre outubro e novembro de 2023, após mediações que contaram com o auxílio dos Estados Unidos, Catar e Egito.

A informação de que membros do Mossad, a agência de inteligência israelense, e do Shin Bet, o serviço de segurança interna israelense, estariam envolvidos nas negociações dão esperanças de que o alto escalão israelense possa iniciar o movimento mais significativo de encerramento das tensões na região desde então.

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Desde o início do conflito, em outubro de 2023, apenas um breve cessar-fogo foi estabelecido entre as partes, ainda nas primeiras semanas após o ataque terrorista do Hamas contra Israel, que vitimou 1,2 mil pessoas à época.

Especialistas em política internacional avaliam que o retorno de Trump à Casa Branca, assim como suas declarações acerca do conflito, pode estar contribuindo para um desfecho rápido do conflito na região. O presidente-eleito tem dito que ambos os lados “pagarão caro” caso os reféns não sejam libertados até a sua posse, no próximo dia 20 de janeiro.