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Em visita a Moscou

Chanceler chavista diz que Venezuela está pronta em caso de ataque dos EUA

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, em coletiva de imprensa em Moscou, Rússia, 6 de maio (Foto: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP)

Em visita oficial a Moscou, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, afirmou nesta segunda-feira, 6, que seu país está pronto para resistir no caso de um ataque militar dos Estados Unidos. O chanceler se reuniu no domingo com o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, que advertiu que uma intervenção armada na Venezuela teria "consequências catastróficas" para o sistema de segurança internacional.

"Estamos preparados para qualquer cenário, o primeiro é o da diplomacia, do diálogo, da paz, nossas mãos estão estendidas para que possamos conversar com todos", disse Arreaza.

"Temos uma Força Armada, um povo, uma milícia nacional, que seria capaz não só de resistir e lutar, mas também de vencer e derrotar qualquer exército, por mais poderoso que seja no mundo" alertou o ministro, caso os EUA optem pela via militar. "Estaremos prontos."

E acrescentou: "A oposição não pode falar conosco porque não tem a permissão dos Estados Unidos. É hora da diplomacia."

Maior pressão

Arreaza disse que na Venezuela há "uma disputa histórica sobre o controle de sua riqueza, o produto das receitas do petróleo, da riqueza mineral e da energia" do país. "Os EUA pretendem dominar ter controle absoluto" das riquezas venezuelanas, afirmou.

Na opinião do chanceler venezuelano, os EUA decidiram fazer com que a economia de seu país entre em colapso e, por isso, começaram a aprofundar as sanções. "É um bloqueio criminoso unilateral", insistiu.

Autoridades americanas lançaram uma campanha na semana passada para aumentar a pressão sobre o ditador venezuelano, Nicolás Maduro. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que o presidente Donald Trump está disposto, se necessário, a intervir militarmente na Venezuela.

No domingo, Lavrov pediu aos Estados Unidos e a seus aliados que abandonem o que chamou de planos irresponsáveis e atuem exclusivamente no âmbito do direito internacional.

Nesta segunda-feira, Lavrov se encontrou com Mike Pompeo na Finlândia e voltou a afirmar que uma intervenção militar dos EUA no país latino-americano seria "catastrófica e injustificada". Pompeo e Lavrov se encontraram durante uma reunião do Conselho do Ártico, na Finlândia.

Colapso

Antes de desembarcar na Finlândia, o secretário americano, por sua vez, afirmou que Maduro ainda manda na Venezuela, embora, na opinião de Washington, já não tenha capacidade para governar.

"Maduro deve ver que seu regime está entrando em colapso. Como já disse antes, ele ainda manda, mas de nenhuma maneira pode governar", declarou Pompeo à imprensa durante o voo a Rovaniemi, na Finlândia, onde acontece a reunião do Conselho do Ártico.

O secretário de Estado minimizou a importância da reunião entre Lavrov e Arreaza, na qual o primeiro reiterou o apoio do Kremlin a Maduro. "(Lavrov) na realidade não se reuniu com um funcionário venezuelano, se reuniu com alguém próximo a Maduro, que é um renegado, não o líder da Venezuela", disse Pompeo.

Fórum econômico 

Arreaza também afirmou nesta segunda-feira que Caracas estava desenvolvendo "alternativas para os sistemas de câmbio financeiro" com seus aliados russos e chineses para contornar o bloqueio dos EUA. Nesse sentido, o chanceler disse que uma delegação venezuelana estará presente no fórum econômico de São Petersburgo em junho, mencionando uma possível participação de Maduro.

Com agências internacionais.

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