O novo ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, subiu o tom contra os Estados Unidos nesta terça-feira (7), durante o Congresso Nacional do Povo, em Pequim.
As duas maiores economias do mundo vêm trocando farpas publicamente, com Washington alertando sobre a possibilidade de Pequim ajudar militarmente a Rússia na guerra da Ucrânia, a ameaça chinesa de invadir Taiwan e a derrubada de um balão espião chinês sobre a costa atlântica americana em fevereiro.
“Se os Estados Unidos não pisarem no freio, mas continuarem acelerando no caminho errado, nenhuma barreira poderá impedir o descarrilamento, e certamente haverá conflito e confronto”, disse Qin, que foi embaixador da China nos Estados Unidos.
Nesta terça-feira, o ditador chinês, Xi Jinping, também colocou seu país como vítima na relação com os americanos. “Os países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, implementaram uma política de contenção, cerco e repressão contra a China”, declarou.
Qin foi adiante e defendeu a relação chinesa com a Rússia, que passou da ausência de condenação à invasão que o Kremlin promoveu à Ucrânia e do estreitamento de laços comerciais, depois que Moscou foi alvo de sanções do Ocidente e aliados, à possibilidade de Pequim fornecer armamentos ao parceiro, segundo apontaram os Estados Unidos.
O ministro alegou que o relacionamento sino-russo “não representa uma ameaça para nenhum país do mundo, nem sofrerá interferência ou discórdia semeada por terceiros”, e justificou que, “quanto mais instável o mundo se torna, mais imperativo é para a China e a Rússia avançarem firmemente em suas relações”.
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