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A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, confirmou nesta sexta-feira (26) que Guillermo Ferraro, então titular do Ministério da Infraestrutura, deixou o governo do presidente Javier Milei. Sua pasta, segundo Mondino, será absorvida pelo Ministério da Economia, devido a uma "redução de custos".
"É uma questão de redução de custos. Precisamos de coordenação e que a famosa frase 'não há dinheiro' [dita por Milei em seu discurso de posse] fique clara em todos os casos", declarou Mondino à imprensa do lado de fora do Museu do Holocausto, onde participou, junto com Milei, de uma cerimônia para comemorar o Dia Internacional das Vítimas do Holocausto.
A chanceler argentina confirmou que as áreas de Transporte, Obras Públicas e Habitação, e Telecomunicações, que eram independentes no governo anterior e que se fundiram sob a pasta de Infraestrutura com Milei, passarão para as mãos do ministro da Economia, Luis Caputo.
Mondino considerou necessário coordenar, do ponto de vista econômico, todas as ações do governo, mas negou conhecer o motivo pelo qual Ferraro foi demitido.
De acordo com a imprensa local, o motivo é que Ferraro supostamente vazou declarações de Milei durante uma reunião de seu gabinete com governadores, nas quais o presidente teria dito que os deixaria "sem nenhum centavo" por não pressionarem seus deputados a apoiar no Congresso o Projeto de Lei Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, mais conhecido como "Lei Omnibus" (do latim, “para todos”), proposto pelo governo libertário.
Mondino disse que "não ouviu isso", e que participou da mesma reunião do gabinete. (Com Agência EFE)