O ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, ameaçou punição dura a quem não reconhecer Taiwan como parte da China em declaração à imprensa neste domingo (14).
No sábado (13), Lai Ching-te, candidato pró-independência do Partido Democrático Progressista (PDP), venceu a eleição presidencial em Taiwan e se disse "determinado a proteger Taiwan da contínua ameaça e intimidação da China". O resultado do pleito foi considerado uma grande derrota para o governo da China.
Em resposta às falas de Lai Ching-te, o chanceler chinês afirmou neste domingo: "Se alguém na ilha de Taiwan pensa em lutar pela independência, estará tentando dividir o território chinês, e será certamente punido de forma dura tanto pela história quanto pela lei".
Wang Yi acrescentou que o território taiwanês "nunca foi um país". "Não foi no passado, e certamente não será no futuro", disse. "Não importa qual seja o resultado das eleições, não se pode mudar o fato básico de que há uma só China, e Taiwan faz parte dela."
O governo chinês considera Taiwan parte de seu território e não descarta o uso da força para reunificar a ilha ao país. A ameaça de uma invasão pela China tem sido apontada como uma possível motivação de uma guerra entre Estados Unidos e China.
No sábado, o presidente eleito de Taiwan aproveitou seu discurso de vitória para criticar o governo chinês. "Estamos dizendo à comunidade internacional que, entre a democracia e o autoritarismo, estaremos ao lado da democracia", disse, ao comemorar o resultado das eleições em Taipei.
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