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O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, defendeu as eleições questionáveis do país
O ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, defendeu as eleições questionáveis do país| Foto: EFE/Miguel Gutierrez

O chanceler da Venezuela, Yván Gil, rebateu os líderes internacionais que denunciaram a falta de transparência nas eleições deste domingo (28) que, segundo o conelho nacional eleitoral (CNE), deram a Nicolás Maduro um novo mandato.

Em seu perfil no X, o ministro chavista chamou representantes do governo argentino, liderado por Javier Milei, de mentirosos e "nazistas".

Sua homóloga argentina, Diana Mondino, usou a rede social para pedir a Maduro que reconhecesse a derrota. "A diferença de votos contra a ditadura chavista é esmagadora. Não há fraude e violência que esconda a realidade", escreveu a ministra das Relações Exteriores.

Em resposta, Gil a chamou de "mentirosa e irresponsável", acusando Mondino de fazer parte de um governo "estilo nazista" e violador de direitos humanos. "Desde que você não se envolva em assuntos que não lhe correspondem, na Venezuela a paz triunfou, aqui os grotescos não governarão como Milei", disse o chanceler venezuelano.

Em outra publicação, Gil se referiu ao presidente argentino como um "nazista enjoado", afirmando que o povo venezuelano deu uma "vitória esmagadora" para Maduro contra o "fascismo", referência usado pelos chavistas para mencionar a oposição.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, também se manifestou após o anúncio do conselho nacional eleitoral da Venezuela (CNE) dizendo que não reconhecerá resultados que não possam ser comprovados.

Em reação, o chanceler de Caracas chamou o mandatário chileno de "incompetente", afirmando que "os filhos de Bolívar e Chávez" não precisam do "desvalorizado reconhecimento" do Chile para vencer as eleições.

"Aqui celebramos como verdadeiros revolucionários", escreveu o chavista, marcando um pronunciamento de Boric no X questionando os resultados do CNE.

Além de rebater as lideranças internacionais que questionaram a lisura das eleições, o chanceler venezuelano se dirigiu aos aliados, incluindo ditadores, agradecendo o apoio após os primeiros resultados.

Alguns dos mencionados foram o ditador sírio, Bashar Al-Assad, que divulgou um comunicado oficial parabenizando o "amigo" Maduro pela reeleição; o regime cubano, representado pelo ditador Miguel Díaz-Canel e o chanceler Bruno Rodríguez, que enviou felicitações pelo novo mandato; e o presidente boliviano, Luis Arce, que elogiou a "vitória história" de Maduro.

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela também agradeceu as mensagens positivas enviadas pelo Foro de São Paulo, que celebrou a "vitória da democracia" nas eleições marcadas por denúncias de abuso de poder, violência e baixa transparência.

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