O Equador decidiu retirar seu embaixador do Paraguai, Julio Prado, em rejeição ao impeachment do ex-presidente Fernando Lugo, informou neste domingo o chanceler do país, Ricardo Patiño.
"O Equador retira seu embaixador no Paraguai em rejeição à destituição do legítimo presidente Fernando Lugo e a instauração de novo regime", escreveu Patiño em sua conta do Twitter.
O chanceler escreveu também que "Equador chama seu embaixador no Paraguai, Julio Prado, reiterando que não reconhece o ilegítimo governo de (Federico) Franco", em referência ao vice-presidente de Lugo, que o substituiu no cargo.
Patiño disse ontem que o que ocorreu no Paraguai foi um "golpe de Estado disfarçado" e afirmou que a destituição de Lugo como presidente é "uma vergonha para a América Latina".
"Nós consideramos que isto é um golpe de Estado disfarçado, é uma vergonha para a América Latina que depois de um processo de consolidação da democracia, um período presidencial termine desta maneira", questionou em um comunicado da chancelaria.
O vice-presidente Federico Franco, do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), assumiu na sexta-feira passada a presidência do Paraguai após a destituição de Lugo pelo Senado.
O chanceler peruano, Rafael Roncagliolo, anunciou no sábado que o presidente do Peru, Ollanta Humala, convidou os outros chefes de Estado da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) a se reunirem na próxima semana em Lima.
A Cláusula Democrática da Unasul permite não reconhecer um novo governo nascido de processos irregulares e inclusive o fechamento de fronteiras.
O ex-bispo, que foi destituído na sexta-feira pelo Congresso após ser submetido a um julgamento político por mau desempenho em suas funções, assegurou hoje para a imprensa que foi vítima de um "golpe de Estado parlamentar" e que o governo de Franco carece de legitimidade.
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