O ministro de Assuntos Exteriores do Iraque, Hoshyar Zebari, considera que as bombas que explodem a cada dia e que aparecem na imprensa impedem que se veja o quanto o país mudou.
Em entrevista publicada na edição de hoje do jornal espanhol "El País", o ministro iraquiano explica os "progressos" do novo plano de segurança para Bagdá e seus arredores, que conta com a intervenção de 85 mil agentes, entre iraquianos e americanos.
Zebari afirma que, além de militar, trata-se de um plano "político, econômico e de melhora dos serviços", cujos resultados não são esperados imediatamente, mas, "talvez", dentro de "vários meses".
Segundo o ministro, o objetivo do plano é recuperar a confiança do povo e atuar "contra qualquer tipo de violência sem importar se o bairro é xiita ou sunita".
Apesar de o ministro considerar que a decisão de acabar com o regime de Saddam Hussein foi "correta", acha que houve erros e afirma que "o maior de todos" foi "a mudança de uma missão de libertação - que era brilhante e moralmente justificada - para outra de ocupação, adotada pelo Conselho de Segurança" da ONU.
Zebari também acredita que o desmantelamento do Exército e das instituições "foi feito sem muitas consultas".
À pergunta sobre a possibilidade de os Estados Unidos estarem a caminho "de cometer outro erro", desta vez no Irã, o ministro respondeu: "Tudo o que se passa na região nos afeta. Ajudamos a suavizar as tensões. Para melhorar a situação no Iraque necessitamos de um entorno mais tranqüilo".
Zebari também acha que a presença das forças dos EUA no Iraque "é vital" e acrescenta que "se houvesse qualquer retirada prematura, haveria sim uma verdadeira guerra civil".
O ministro de Assuntos Exteriores do Iraque diz também que seu país necessitará de "um pouco de paciência" para encontrar a paz e dá ênfase ao fato de que "não há soluções rápidas". "Mudamos todo um sistema de valores", destaca.
Zebari assistiu nos últimos dias em Madri à Conferência Política Hispano-Árabe, na qual os representantes da maior parte dos países da Liga Árabe respaldaram os esforços de seu Governo para completar a transição democrática no Iraque.
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