Chanceler líbio que desertou será interrogado sobre Lockerbie

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Autoridades escocesas disseram na quinta-feira que desejam entrevistar o ex-chanceler líbio Moussa Koussa, que desertou nesta semana, sobre o atentado de Lockervie, de 1988. O anúncio agradou às famílias das vítimas.

Ex-chefe da espionagem no governo de Muamar Kadafi, Koussa fugiu para a Grã-Bretanha na quarta-feira, rompendo com o líder líbio. Segundo um amigo dele, a deserção foi motivada por sua discordância em relação aos ataques de Kadafi contra civis, no conflito com rebeldes.

Famílias representando algumas das 270 pessoas que morreram quando o avião da Pan Am explodiu sobre a cidade escocesa de Lockerbie disseram que não deveria ser feito nenhum acordo para proteger Koussa.

'Esta pode ser toda a prova que queríamos que nos fosse dada em uma bandeja de prata', declarou à Reuters Frank Duggan, presidente do grupo das Vítimas do Vôo 103 da Pan Am nos Estados Unidos.

Enquanto as autoridades britânicas esperam que ele forneça informações vitais no campo da inteligência militar e diplomática, os representantes das famílias querem que Koussa dê esclarecimentos sobre o atentado que matou 259 pessoas no avião -- na maioria, norte-americanos -- e 11 em terra.

'Ele era o chefe dos serviços de inteligência da Líbia. Portanto, se a Líbia é responsável pelo atentado do voo 103 da Pan Am, então o senhor Koussa também é', disse Pamela Dix, cujo irmão morreu na explosão. 'Ele não deveria ser um homem livre neste país.'