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O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, tentará um novo mandato na eleição presidencial de 28 de julho com as forças de segurança e o Judiciário prendendo e inabilitando opositores, a imprensa estatal não dando espaço para seu principal adversário, Edmundo González, e com a suspeita de fraude eleitoral novamente pairando no ar.
Ainda assim, o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Yván Gil, afirmou que Maduro vai para a eleição em “desvantagem” por causa das sanções econômicas impostas contra a Venezuela.
Segundo informações do site Efecto Cocuyo, o chanceler fez a declaração numa reunião com representantes de embaixadas credenciadas na Venezuela.
“Nestas eleições, vemos uma clara distorção e desvantagem que o candidato à reeleição tem, depois das políticas de sanções e agressões. Até agora, 936 sanções entraram no coração do exercício do governo para prejudicar o povo”, disse Gil.
“Devemos denunciar ao mundo estas interrupções externas que buscam distorcer a vontade do povo. A gestão do governo conseguiu se recuperar destas sanções, [mas] devemos denunciar estas interrupções externas ao mundo”, acrescentou o chanceler.
Gil não mencionou que tais sanções foram aplicadas porque a Venezuela deixou de ser uma democracia.
Em outubro do ano passado, os Estados Unidos suspenderam parcialmente sanções contra os setores de petróleo e gás da Venezuela, devido ao Acordo de Barbados, por meio do qual a ditadura e a oposição acertaram um compromisso para eleições presidenciais limpas e justas este ano.
Entretanto, Washington voltou a impor as sanções seis meses depois porque a ditadura chavista tornou inelegível a oposicionista María Corina Machado, vencedora no ano passado das primárias da Plataforma Unitária Democrática (PUD), maior bloco contrário ao chavismo. González a substituiu na campanha.