O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, criticou o presidente do Chile, Gabriel Boric, por ter dito que ocorreu fraude eleitoral e não reconhecer a vitória chavista na eleição presidencial no país vizinho.
Nesta quarta-feira (7), o mandatário de esquerda chileno afirmou não ter dúvidas de que “o regime de Maduro tentou cometer uma fraude” e criticou “as violações de direitos humanos” na repressão violenta aos manifestantes que contestam o resultado oficial do chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que deu a vitória ao ditador Nicolás Maduro.
“O senhor Gabriel Boric se coloca à direita de [Javier] Milei [presidente da Argentina] e do Departamento de Estado dos EUA [que reconheceram a vitória do oposicionista Edmundo González], sua máscara caiu definitivamente, seu governo pinochetista e golpista está exposto”, afirmou Gil em mensagem no X.
A oposição venezuelana disponibilizou na internet cópias das atas de votação que comprovam que González venceu Maduro na eleição presidencial realizada no último dia 28.
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, controlado pelo chavismo, vai revisar o resultado oficial do CNE, que enviou suas atas de votação – que apontariam vitória de Maduro – para a corte esta semana, mas ainda não as divulgou publicamente, contrariando pedidos da comunidade internacional e de outros candidatos da eleição presidencial venezuelana.