O Secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy (à esquerda), e o ministro das Relações Exteriores francês, Stéphane Séjourné (à direita), apertam as mãos com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz (no centro), durante reunião no Ministério das Relações Exteriores de Israel em Jerusalém, nesta sexta-feira (16)| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN
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O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, pediu aos chanceleres francês e britânico, Stéphane Séjourné e David Lammy, respectivamente, durante a visita de ambos ao país, que trabalhem juntos não apenas para se defender de um possível ataque do Irã, "mas para atacar alvos importantes" no território do regime islâmico.

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"Deixei claro para os ministros das Relações Exteriores da França e do Reino Unido: se o Irã atacar, Israel espera que a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França se junte a Israel não apenas na defesa, mas também no ataque", comentou Katz ao final da reunião, ocorrida nesta sexta-feira (16).

Katz prometeu que, se o Irã não interromper a "agressão direta e indireta contra Israel", pagará um preço alto nos campos estratégico e econômico: "Essa é a única chance de evitar uma guerra total", avisou.

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Nesse sentido, Katz apontou para as negociações sobre o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que a delegação israelense vem mantendo desde ontem com os mediadores - Estados Unidos, Egito e Catar - em Doha, apesar da ausência do Hamas, que exige o cumprimento da proposta anunciada pelos EUA no final de maio, ignorando quaisquer emendas introduzidas posteriormente. Apesar disso, espera-se que o Hamas seja informado sobre o que foi discutido nas reuniões, apesar de sua ausência.

"Israel está interessado em um acordo para conseguir a libertação dos reféns e fará todo o possível nas negociações para chegar a esse acordo", disse Katz.

Até agora, 111 dos 251 reféns sequestrados durante o massacre do grupo terrorista Hamas em 7 de outubro de 2023 permanecem na Faixa de Gaza, dos quais pelo menos 39 estão mortos, de acordo com o Exército israelense.

Ainda sobre as negociações de Doha, Katz afirmou que o Hamas pode usar as conversas para "endurecer suas posições" e "esperar pelo ataque iraniano a Israel" como alternativa.

"O Irã é o chefe do eixo do mal e o mundo livre deve detê-lo agora, antes que seja tarde demais", escreveu Katz em sua conta no X após a reunião em Jerusalém.

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Séjourné e Lammy estão realizando a primeira visita conjunta França-Reino Unido a Israel e aos Territórios Palestinos para discutir com as autoridades como evitar uma escalada regional. Espera-se que eles se reúnam com o primeiro-ministro palestino, Mohamad Mustafa, nesta tarde.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]