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Chanceler pede ajuda ao Brasil para reerguer economia na Venezuela

Delcy Rodriguez ressaltou desejo de que empresas brasileiras invistam na Venezuela | Andressa Anholete/AFP
Delcy Rodriguez ressaltou desejo de que empresas brasileiras invistam na Venezuela (Foto: Andressa Anholete/AFP)

Em encontro com o ministro Mauro Vieira, nesta sexta-feira (29), a chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, pediu maior participação de empresas brasileiras em setores como o farmacêutico e o de alimentos e ressaltou o “papel estratégico” do Brasil no aumento dos investimentos e da corrente de comércio na região.

O cenário econômico no país vizinho - e a tentativa de reaquecer o comércio entre os países - foi o tema central da reunião em Brasília. “Nossa corrente de comércio, há que se reconhecer, teve uma redução importante nos últimos dois anos, em ambos os sentidos”, disse Vieira. Segundo ele, um grupo de trabalho foi criado para tratar do tema.

“Vamos trabalhar para recuperar a tendência estrutural do crescimento dessa corrente de comércio e estimular o interesse de empresas em investir nos dois países.”

No encontro, ainda foi abordada a dívida da Venezuela com empresas brasileiras, estimadas em US$ 2 bilhões. A comitiva venezuelana, entretanto, não fixou um prazo para quitar a dívida.

Durante a reunião, segundo auxiliares do governo brasileiro, Delcy mencionou a intenção do governo da Venezuela de reformar a legislação atual sobre as atividades de exploração petroquímica e de ouro, como forma de facilitar parcerias com investidores estrangeiros.

A chanceler destacou também o interesse do país em aumentar a compra de remédios de empresas brasileiras. O ministro de Economia Produtiva da Venezuela, Luis Salas, que estava na comitiva que veio ao Brasil, encontrou-se com representantes do grupo Eurofarma para tratar do assunto.

“Estamos com esperança de um futuro de melhorias e enriquecimentos na nossa relação”, disse Delcy.

Ela mencionou a decisão do presidente Nicolás Maduro de decretar estado de emergência econômica no país. “Das emergências das conjunturas difíceis surgem importantes consequências”, argumentou, lembrando a discussão sobre aumento de investimentos no encontro da Celac (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos) nesta semana.

Segundo ela, as relações regionais serão o centro de medidas a serem adotadas pelo governo para retomar o crescimento da economia do país.

“Diálogo democrático”

O chanceler Mauro Vieira abordou ainda, em sua declaração, o cenário político no país vizinho. Segundo ele, o Brasil acompanha “com grande interesse a evolução da situação na Venezuela”.

Recentemente, o Itamaraty divulgou notas em que adotou tom incisivo a respeito das eleições legislativas venezuelanas, vencidas pela oposição.

Vieira afirmou que o governo brasileiro segue disposto a ajudar no “maior entendimento entre os diferentes setores políticos e no fortalecimento da institucionalidade democrática na Venezuela”.

“A posição brasileira tem como centro a promoção do diálogo democrático, tendo presente o imperativo de pleno respeito à vontade do povo venezuelano, ao Estado de Direito, nos termos estabelecidos pela legislação e pela própria Constituição da Venezuela.”

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