O ex-ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, que foi demitido de seu cargo após desaparecer por cerca de um mês, foi obrigado a deixar a pasta por causa de um suposto caso extraconjugal que ele teria tido enquanto ainda era o embaixador da China nos Estados Unidos, informou o jornal americano Wall Street Journal nesta nesta terça-feira (19).
A matéria do jornal americano cita fontes que tiveram acesso a um relatório que foi feito sobre o caso. No relatório é dito que Qin está cooperando com as investigações, que buscam saber neste momento se o caso extraconjugal do ex-chanceler chinês comprometeu a segurança nacional da China.
Segundo a informação, altos funcionários do regime chinês foram informados de que uma investigação interna do Partido Comunista Chinês (PCCh) constatou que Qin manteve o caso extraconjugal durante todo o seu período como embaixador da China nos Estados Unidos.
Duas fontes disseram ao Wall Street Journal que o caso resultou no nascimento de uma criança nos EUA.
Durante uma coletiva de imprensa realizada nesta na terça-feira (19), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, foi questionado sobre a matéria do jornal e afirmou que "sobre a nomeação e remoção do ministro das Relações Exteriores da China, o lado chinês já divulgou informações anteriormente, e não tenho conhecimento das outras informações mencionadas".
Qin foi substituído como ministro das Relações Exteriores da China por Wang Yi, que foi o seu antecessor, em julho apenas meio ano após assumir o cargo.
Qin pode não ser o único membro do alto escalão do regime chinês que está sendo investigado neste momento. Na sexta-feira (15), fontes afirmaram à Agência Reuters que o ministro da Defesa, Li Shangfu, que também havia desaparecido, está sendo investigado por um suposto envolvimento em casos de corrupção.
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