O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, participa de uma entrevista coletiva conjunta com o ministro das Relações Exteriores da Grécia após suas conversas em Moscou, Rússia, 18 de fevereiro de 2022.| Foto: EFE/EPA/MAXIM SHEMETOV /
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O objetivo da Rússia com aquilo que define como uma "operação especial" na Ucrânia desde o último 24 é "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, disse nesta terça-feira (01) o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.

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Lavrov também acusou Kiev de oito anos de violações das liberdades fundamentais da população de língua russa na Ucrânia.

A invasão russa "é particularmente relevante agora que a Ucrânia está sendo arrastada para a Otan e está recebendo armas", declarou o ministro russo em uma mensagem de vídeo que foi boicotada por numerosas delegações ocidentais que deixaram a sala do Conselho durante o discurso.

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"Os neonazistas tomaram o poder em 2014, e esta ocupação deve acabar", enfatizou Lavrov, acusando Kiev de impor um "regime de terror" que reprime o uso da língua russa em escolas ou locais de trabalho ou confisca a propriedade das igrejas ortodoxas.

O silêncio do Ocidente mostra os "padrões duplos dos Estados Unidos e seus aliados, que causaram milhares de vítimas em Iugoslávia, Líbia e Afeganistão", acrescentou, além de acusar Washington e seus aliados de "criar uma anti-Rússia" an Ucrânia.

Lavrov também criticou as sanções ocidentais contra Moscou por transcenderem a esfera financeira e econômica "e chegarem ao mundo de cultura, esporte, turismo e educação, um sinal de que o Ocidente perdeu claramente o controle".

"Seu desejo é impor seu ódio à Rússia", argumentou.

Lavrov viajaria nesta terça para Genebra, na Suíça, para participar do Conselho de Direitos Humanos e da Conferência sobre Desarmamento, mas teve que participar por videoconferência devido às restrições impostas por grande parte da Europa a voos procedentes da Rússia, como parte das sanções.

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Lavrov defendeu o respeito da Rússia pelo povo ucraniano, por compartilharem "uma história comum e laços espirituais e culturais", mas acusou as autoridades atuais, entre outras coisas, de tentar espalhar mentiras sobre esses laços comuns.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]