O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta segunda-feira (28) que acredita em um acordo entre o país e a Ucrânia para colocar fim à guerra.
"Seja como for, acho que existem oportunidades para um acordo, já que nossos parceiros ocidentais começam a entender os graves erros cometidos durante muitos anos, embora, talvez por razões compreensíveis, não digam isso em voz alta", afirmou o chanceler, em entrevista a veículos de imprensa da Sérvia.
Lavrov insistiu na disposição de Moscou em continuar o diálogo com a Ucrânia, que seria retomado "praticamente de modo presencial, hoje ou amanhã, em Istambul, após uma série de videoconferências".
O ministro destacou que os objetivos de Moscou são "antes de tudo, o fim do assassinato de civis no Donbas, que durou oito longos anos, enquanto toda a comunidade ocidental progressista se calava, sem fazer um só comentário crítico, enquanto viam os bombardeios de infraestrutura civil, hospitais e casas".
Segundo Lavrov, a Rússia busca impedir que o Ocidente e a OTAN sigam se apropriando do país vizinho no plano militar. "Somos obrigados a fazer com que a Ucrânia deixe de ser um país constantemente militarizado, no qual tentam utilizar armas que ameaçam a Rússia", afirmou o ministro.
O chefe da diplomacia russa negou a iminência de uma reunião entre os presidente russo, Vladimir Putin, e o ucraniano, Volodymyr Zelensky, por considerar que não faz sentido apenas um encontro para troca de opiniões. "Isso seria, simplesmente, contraproducente", concluiu.
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