O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que se encontrou com o chanceler ucraniano, Andrii Deshchytsia, nesta segunda-feira (24). Lavror pediu que a Ucrânia anuncie reformas constitucionais para proteger os russos étnicos no país. O encontro marcou a maior aproximação entre os dois ministros desde a queda do ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovich.
Lavrov afirmou que também se reuniu com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, às margens da Cúpula de Segurança Nuclear. Ele disse tanto a Kerry quanto a Andrii Deshchytsia que a Ucrânia precisa reformar a constituição para acabar com a crise no país.
Sem reformas constitucionais, "será muito difícil superar a profunda crise interna ucraniana", disse Lavrov. Ele não forneceu detalhes sobre quais são as reformas que deveriam ser feitas, exceto que eles tinham de levar em conta as necessidades de todos os ucranianos, incluindo russos étnicos.
Em linha com a postura mais dura do Kremlin, Lavrov minimizou a importância de o G-8 expulsar a Rússia para fora do grupo.
"Se os nossos parceiros ocidentais acreditam que este formato perdeu a utilidade, então que assim seja", disse Lavrov. "Como uma experiência, podemos esperar um ano ou ano e meio e ver como podemos viver sem isso."
Lavrov não respondeu diretamente a uma pergunta sobre se é possível confiar na Rússia quanto a recusa de liderar uma incursão militar no Leste da Ucrânia. Em vez disso, ele discursou sobre o fato de o Ocidente não cumprir as promessas após o colapso da União Soviética.
"Nós não estamos forçando ninguém a acreditar em nós", disse Lavrov. "Nós, por muito tempo, acreditamos em nossos parceiros ocidentais, começando com o colapso da União Soviética, quando foram feitos todos os tipos de promessas faladas e escritas."
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