Capa do Charlie Hebdo com Maomé chorando provocou protestos em várias comunidades muçulmanas. Na foto, uma manifestação na Tunísia| Foto: ANIS MILI / Reuters

O grupo xiita libanês Hezbollah afirmou nesta quarta-feira que as caricaturas do profeta Maomé publicadas na nova edição da revista satírica francesa "Charlie Hebdo" contribuem para o "apoio ao terrorismo, ao extremismo e aos terroristas".

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"Esse trabalho é inaceitável e não pode ser justificado sob nenhuma consideração", declarou o grupo libanês em comunicado.

O texto considera que a representação de Maomé através das charges é uma "grande provocação ao sentimento de mais de 1,5 bilhão de muçulmanos de todo o mundo".

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Hoje foi colocada à venda na França o primeiro volume da "Charlie Hebdo" após o atentado em sua redação, na quarta-feira da semana passada, no qual Maomé voltou a ser o protagonista da capa.

"Está tudo perdoado", diz o texto, que acompanha uma caricatura do profeta chorando e segurando um cartaz com a mensagem "Je suis Charlie" (Eu sou Charlie).

Poucas horas depois de começar a circular, a nova edição da revista esgotou os estoques dos jornaleiros, o que justifica a ampliação da tiragem para cinco milhões de exemplares, dois milhões a mais que os inicialmente previstos.

No dia 9 de janeiro, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, condenou o atentado que causou 12 mortes em Paris e afirmou em discurso que os grupos takfiris (radicais sunitas) "prejudicaram mais o profeta (Maomé) que as caricaturas feitas dele".

"Estes grupos (radicais sunitas) atentam contra Alá e a nação islâmica mais do que os inimigos do islã", acrescentou.

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