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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou seus adversários de sabotar a rede de fornecimento de energia elétrica do país. Segundo ele, isso é parte de um plano mais amplo para derrubar o governo. Chávez afirmou que as autoridades devem estar em alerta e impedir qualquer corte de cabos de eletricidade. Esse tipo de sabotagem causou apagões em algumas regiões e piorou os efeitos da crise pela forte escassez de energia", disse o líder.

"É preciso estar mais atento, fazer mais patrulhas para capturar sabotadores, porque é preciso agarrar os responsáveis e mantê-los presos", afirmou, durante seu programa semanal de rádio e televisão "Alô, Presidente". Referindo-se aos adversários do governo, disse: "Eles pensam que assim vão derrubar Chávez, e estão tentando isso, mas, se houver um colapso elétrico, não é Chávez que vai cair. Preparem-se, burgueses, porque são vocês os que vão cair."

O presidente não forneceu qualquer prova para respaldar suas acusações. O ministro da Energia, Alí Rodríguez, disse que "não duvida" de que boa parte das falhas seja fruto de "sabotagem". Rodríguez afirmou que o governo investiga o problema.

Líderes da oposição rechaçaram as afirmações. "O presidente é um grande manipulador e usa a mentira para enganar o povo", disse o político oposicionista Juan José Molina, por telefone. "É sua própria incapacidade que vai derrubá-lo. Nós queremos tirá-lo pelo voto.

Chávez decretou neste mês uma emergência elétrica, anunciando que seu governo de esquerda castigará as empresas que utilizarem energia considerada excessiva pelo governo. Pelo plano de Chávez as grandes companhias devem reduzir em 20% o consumo de eletricidade ou sofrerão sanções, incluindo multas.

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