Em meio a uma deficiência de imóveis residenciais na Venezuela, o presidente Hugo Chávez ameaçou expropriar a unidade local do espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e de outros bancos, caso as instituições não liberem a ocupação de casas e apartamentos financiados.
"Qualquer banco que falhar (...) eu vou expropriar, seja o Provincial (que pertence ao BBVA) ou o Banesco ou o Banco Nacional de Crédito", disse Chávez na noite da última terça-feira. Chávez afirmou que muitas vezes os bancos recebem uma entrada dos compradores de imóveis, mas depois adiam o processo de mudança das pessoas usando artifícios legais e exigindo mais documentos.
"Se o apartamento está pronto para a mudança, então eles devem ser ocupados imediatamente", alertou Chávez. A falta de moradias para a população de 28 milhões de venezuelanos tem sido um problema no país há décadas e durante os quase 12 anos de governo de Chávez a situação piorou, conforme a população cresceu.
Chávez ameaçou expropriar alguns bancos no passado, dizendo que eles deveriam obedecer às ordens do governo para fornecer mais crédito às pequenas empresas e aumentar o número de empréstimos residenciais para pessoas pobres. Os comentário do presidente da Venezuela sobre o Banco Provincial foram feitos poucos dias depois de o ex-vice-presidente do país Jose Vicente Rangel afirmar que fontes disseram a ele que a unidade do BBVA está à venda, com preço-alvo de US$ 2 bilhões. O banco negou a informação.
O sistema bancário venezuelano entrou em turbulência há um ano, quando Chávez assumiu o controle de algumas instituições pequenas, nacionalizando ou liquidando os ativos e prendendo executivos. Um projeto de lei para reforma do sistema bancário está sendo elaborado pelo governo da Venezuela e alguns analistas dizem que essa reforma vai transformar os bancos em empresas "expropriáveis". As informações são da Dow Jones.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa
Deixe sua opinião