Em meio a uma deficiência de imóveis residenciais na Venezuela, o presidente Hugo Chávez ameaçou expropriar a unidade local do espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e de outros bancos, caso as instituições não liberem a ocupação de casas e apartamentos financiados.

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"Qualquer banco que falhar (...) eu vou expropriar, seja o Provincial (que pertence ao BBVA) ou o Banesco ou o Banco Nacional de Crédito", disse Chávez na noite da última terça-feira. Chávez afirmou que muitas vezes os bancos recebem uma entrada dos compradores de imóveis, mas depois adiam o processo de mudança das pessoas usando artifícios legais e exigindo mais documentos.

"Se o apartamento está pronto para a mudança, então eles devem ser ocupados imediatamente", alertou Chávez. A falta de moradias para a população de 28 milhões de venezuelanos tem sido um problema no país há décadas e durante os quase 12 anos de governo de Chávez a situação piorou, conforme a população cresceu.

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Chávez ameaçou expropriar alguns bancos no passado, dizendo que eles deveriam obedecer às ordens do governo para fornecer mais crédito às pequenas empresas e aumentar o número de empréstimos residenciais para pessoas pobres. Os comentário do presidente da Venezuela sobre o Banco Provincial foram feitos poucos dias depois de o ex-vice-presidente do país Jose Vicente Rangel afirmar que fontes disseram a ele que a unidade do BBVA está à venda, com preço-alvo de US$ 2 bilhões. O banco negou a informação.

O sistema bancário venezuelano entrou em turbulência há um ano, quando Chávez assumiu o controle de algumas instituições pequenas, nacionalizando ou liquidando os ativos e prendendo executivos. Um projeto de lei para reforma do sistema bancário está sendo elaborado pelo governo da Venezuela e alguns analistas dizem que essa reforma vai transformar os bancos em empresas "expropriáveis". As informações são da Dow Jones.