Caracas O presidente Hugo Chávez advertiu o embaixador americano na Venezuela de que ele pode ser solicitado a deixar o país depois que o diplomata afirmou que as empresas e investidores dos EUA precisam receber um preço justo por suas ações quando a maior empresa telefônica venezuelana for nacionalizada.
"Se o senhor continuar a interferir nos assuntos da Venezuela, em primeiro lugar, o senhor estará violando os acordos de Genebra e se envolvendo numa séria violação e poderia ... ser declarado persona non grata e teria de deixar o país", afirmou ontem Chávez, aparentemente em resposta a comentários feitos mais cedo por William Brownfield.
Brownfield afirmou à Rádio União, da Venezuela, que a planejada aquisição da Companhia Anônima Nacional Telefones da Venezuela, ou CANTV, deveria acontecer "de forma transparente e legal", e que o governo da Venezuela precisa oferecer uma "compensação justa e rápida às pessoas que forem atingidas ou aos proprietários".
"Essas são as únicas obrigações que um governo tem quando resolve nacionalizar uma indústria", acrescentou Brownfield. Funcionários da embaixada americana em Caracas não puderam ser localizados para dar uma resposta às declarações de Chávez e a porta-voz do Departamento de Estado, Janelle Hironimus, em Washington, se negou a comentar o caso.
Acusações
As autoridades dos EUA acusaram Chávez de se tornar cada vez mais autoritário e de ser uma força desestabilizadora na América Latina. O líder venezuelano tem acusado Washington de fazer intrigas contra seu governo de tendência esquerdista.
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