Caracas Encorajado por uma contundente reeleição, o presidente venezuelano Hugo Chávez se declara disposto a conduzir o país com mais firmeza em direção ao socialismo. O adversário da oposição Manuel Rosales aceitou a derrota, mas prometeu continuar a se opor a um líder que considera autoritário.
Alardeando sua vitória em discurso para milhares, Chávez disse que os venezuelanos devem esperar uma "expansão da revolução", focada na redistribuição da riqueza do petróleo entre os pobres. "Vida longa à revolução!", gritou Chávez da sacada do palácio do governo.
Com 78% dos votos apurados, ontem, Chávez tinha 61,62% dos votos, e Rosales 38,12% deles. Chávez ganhou leais seguidores entre os pobres graças a programas sociais populistas, que incluem comida subsidiada, educação universitária gratuita e benefícios em dinheiro para mães solteiras.
Desde sua primeira vitória em 1998, ele tem dominado todas as instâncias governamentais. Seus aliados controlam o Congresso, agências estatais e o Judiciário. Para consumo externo, Chávez não para de se posicionar contra os EUA, que continuam sendo o principal comprador do petróleo venezuelano.
A atual legislação o impede de concorrer em 2012, mas ele planeja reformar a constituição de modo a tornar o mandato presidencial ilimitado.
Brasil
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ontem estar "satisfeito" com a terceira vitória de Chávez. Amanhã, Lula deve receber Chávez na Granja do Torto, em Brasília. A visita foi proposta pelo próprio venezuelano, ainda durante a campanha, em sinal de amizade e respeito por Lula.
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