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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse nesta segunda-feira (5) que a emenda constitucional que propõe eliminar o limite de reeleições de presidentes deve incluir a mesma possibilidade para governadores e prefeitos, uma opção que ele havia rejeitado no passado. Em 2007, Chávez negou-se a incluir a reeleição das autoridades locais numa ampla reforma da Constituição, derrotada por uma margem pequena em referendo nacional, alegando que essa medida criaria feudos e caudilhos.

Após a derrota nas urnas, a primeira do "chavismo", analistas disseram que alguns governadores e prefeitos não fizeram campanha em favor da reforma porque anulava suas aspirações de poder, em processo que teve alta abstenção.

"Quero que o direito à livre postulação sem restrições, como se está pedindo para o presidente da República, seja estendido a governadores e prefeitos, deputados, deputadas", disse o presidente em ato de seu partido transmitido pela televisão estatal.

Chávez argumentava que a reeleição de autoridades locais criaria pequenos caudilhos nas regiões, mas agora assegura que se trata de uma ruptura com o modelo tradicional que permitirá premiar as gestões eficientes. Sem a emenda, Chávez deve deixar o cargo em 2013.

A Assembléia Nacional, amplamente dominada pelo governo, aprovou em dezembro em primeira discussão a emenda apresentada pelo Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), do qual Chávez é presidente. Nos próximos dias, haverá a segunda discussão.

O presidente disse que a proposta será apresentada em 16 de janeiro ao Conselho Nacional Eleitoral, que terá 30 dias para submetê-la a referendo a partir de sua recepção formal. Chávez quer que a votação aconteça dia 15 de fevereiro.

Os críticos do governo afirmam que a emenda abre a possibilidade para que Chávez se perpetue no poder indefinidamente.

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