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Presidente Chávez participa de partida de softbol, na Venezuela. Referendo no próximo dia 15 decide se ele poderá se candidatar novamente | Carlos Garcia Rawlins / Reuters
Presidente Chávez participa de partida de softbol, na Venezuela. Referendo no próximo dia 15 decide se ele poderá se candidatar novamente| Foto: Carlos Garcia Rawlins / Reuters

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, completa amanhã 10 anos no poder buscando maneiras de continuar onde está. Em referendo a ser realizado no próximo dia 15 os venezuelanos irão decidir se ele pode se candidatar a reeleições ilimitadas. Se perder, Chávez garante que deixa o poder e a política em 2013, quando termina o atual mandato. Se ganhar, garante que se aposenta em 2021. Em 2 de fevereiro de 1999, impulsionado pelo desejo popular de mudança, Chávez chegava à presidência da Venezuela com 56% dos votos. Amparado em uma plataforma que prometia refundar o país respeitando os trâmites democráticos e beneficiado pelo boom do preço do petróleo, Chávez aumentou seu poder por meio de plebiscitos e ganhou popularidade ao investir em programas sociais.

"Apesar de as cifras oficiais registrarem a redução da pobreza e da desigualdade social, a má gestão administrativa e o centralismo político de hoje lembram a acumulação de tensões que precedeu a deterioração econômica na década de 80", afirmou o economista Ronald Balza, da Universidade Católica Andrés Bello. Para o também economista José Toro Hardy, ex-diretor da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), Chávez errou ao não diversificar a economia. "Ao centralizar tudo no petróleo, o governo reduziu os investimentos em outros setores, prejudicando a produção interna", disse. "Em dez anos, perdemos quase metade das indústrias do país.

Depois de perder o referendo constitucional de 2007 - sua primeira derrota eleitoral desde 1998 -, Chávez radicalizou seu discurso. A queda abrupta do preço do petróleo, no ano passado, apressou seus planos de incluir na Constituição uma emenda que permita reeleições ilimitadas para que possa concorrer novamente em 2012. A proposta estava no projeto de reforma que foi rejeitado por 50,7% dos venezuelanos em dezembro de 2007. Para o referendo de 15 de fevereiro, uma pesquisa divulgada na quarta-feira pelo instituto Datanalisis mostrou que Chávez teria uma vitória apertada - o "sim" tem 51,5% das intenções de voto, enquanto o "não" tem 48,1%.

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