O presidente da Venezeula, em entrevista coletiva dada em Londres, onde cumpriu dois dias de visita não-oficial (ele não esteve com o primeiro-ministro Tony Blair), disse que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deveria ser preso. Ele ficou com raiva quando foi comparado, na entrevista, ao próprio Bush, diz a rede CNN.
Uma repórter da BBC o enraiveceu quando estabeleceu um vínculo entre opiniões de Chávez e a famosa frase de Bush sobre a guerra ao terror, dita ao mundo logo após os atentados de 11 de setembro de 2001, "Ou vocês estão conosco ou contra nós na guerra contra o terror".
Chávez ficou com raiva ao ser "comparado ao maior genocida vivo, na História da humanidade, o presidente dos Estados Unidos, assassino, genocida, imoral, que deveria ser levado à prisão por um tribunal internacional. Não sei o que você quer dizer quando me compara com o presidente Bush".
Ele acrescentou:
- Eu invadi algum país? Os venezuelanos invadiram? Eu bombardeei uma cidade? Eu tive golpe de estado? Eu usei a CIA para matar um presidente? Nós protegemos terroristas na Venezuela? Isso é o Bush!
A repórter então, diz a CNN, citou a crítica feita por Chávez a uma pergunta feita pela própria CNN como razão para a comparação feita por ela.
A CNN queria saber por que ele não visitara Tony Blair , já que, cinco anos atrás, o primeiro-ministro o recebera calorosamente numa visita oficial.
Chávez disse que a pergunta era tola porque a atual visita é particular. E acrescentou que entre seus amigos estão pessoas com as quais não concorda, como o presidente da Colômbia, Alvaro Uribe.
Na mesma entrevista, Chávez defendeu o programa nuclear do Irã e disse que, se o país for atacado, o preço do barril de petróleo subirá para US$ 100. Disse que os iranianos querem paz e que um ataque seria fonte de perturbação mundial.
Ele disse ainda que o capitalismo é uma sistema individualista, afirmando que a energia consumida no World Trade Center de Nova York era maior do que à consumida por vários países africanos.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo