Em discurso na TV, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse ontem que retirou um tumor cancerígeno em uma segunda operação realizada em Cuba. A decisão de operar foi tomada após a primeira operação, realizada no dia 10, que retirou um abscesso pélvico, quando os médicos teriam encontrados células cancerígenas. No discurso gravado em Havana, Chávez afirmou que o tumor foi extraído na sua totalidade. De acordo com ele, o procedimento médico foi "lento e cuidadoso", mas "um sucesso" e ele estava a caminho de uma "recuperação total".
Foi o primeiro discurso do presidente venezuelano, de 56 anos, desde que ele foi operado em Havana, o que provocou especulações de que ele estivesse gravemente doente. "Estudos confirmaram a existência de um tumor cancerígeno, que fez necessária uma nova cirurgia, que permitiu a retirada completa do tumor", afirmou Chávez, que garantiu ainda estar à frente do governo da Venezuela. "Sinto que estou saindo de um abismo escuro."
Chávez, aparentemente mais magro e falando pausadamente, disse que estava determinado a "vencer" a batalha pela sua saúde e encerrou o discurso com o bordão revolucionário: "Até a vitória, sempre!"
Reação
O vice-presidente Elias Jaua apareceu logo depois do discurso na TV estatal. Ao lado de ministros com aparência circunspecta, Jaua pediu tranquilidade ao país e conclamou a população a converter em manifestação de apoio e solidariedade a Chávez as paradas em celebração do bicentenário da independência, que têm início amanhã.
Em alguns bairros de Caracas, manifestantes do PSUV saíram às praças para gritar palavras de ordem em favor de Chávez. "Seguiremos trabalhando", disse o dirigente do partido governista Aristobolo Sturiz. "É o momento de demonstrar solidariedade ao nosso líder e espírito revolucionário."
Governo aproveita debate da jornada 6×1 e bombas em Brasília para atrasar corte de gastos
Milei se reúne com Trump, Musk e Stallone em evento conservador
Explosões aumentam pressão para PGR denunciar Bolsonaro por tentativa de golpe
Vídeos mostram autor de atentado entrando na Câmara horas antes de explosões