O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou nesta terça-feira o governo dos Estados Unidos de dificultar a ida dele a Nova York para participar da Assembléia Geral da ONU, negando vistos para seus seguranças e sua equipe médica.
Chávez, um aliado de Cuba que acusa freqüentemente o governo americano de tentar matá-lo, disse que ainda não havia decidido se viajaria para os EUA nesta semana a fim de participar da cúpula que marca o aniversário de 60 anos da entidade. A sede da ONU fica em Nova York.
- De lá, eles ameaçam me matar, e depois negam vistos para minha equipe de segurança, que está comigo há anos. Ele negaram vistos para minha equipe médica. Terei de caminhar pela Big Appel (Nova York) sozinho - disse o dirigente.
- Sem dúvida, trata-se de uma interferência indevida - afirmou Chávez durante uma cerimônia na qual assinou acordos com a China.
Nenhum porta-voz da Embaixada dos EUA foi encontrado para manifestar-se sobre as declarações.
O governo americano sempre descartou as acusações de Chávez.
As relações entre a Venezuela e os EUA pioraram muito desde que o atual presidente venezuelano subiu ao poder, em 1998, prometendo combater a pobreza.
Segundo as autoridades americanas, desde então, Chávez enfraqueceu a democracia dentro do território venezuelano e transformou-se em uma ameaça para a estabilidade da região.
Os governos dos dois países envolvem-se com freqüência em disputas diplomáticas. Na mais recente delas, Chávez suspendeu os acordos de cooperação da Venezuela com a DEA, agência dos EUA encarregada de combater as drogas.
Depois da manobra, o governo americano revogou o visto de três oficiais das Forças Armadas venezuelanas, entre os quais o chefe do esquadrão de combate às drogas, acusando-os de envolvimento com o tráfico.
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