O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, congratulou o democrata Barack Obama por sua "histórica eleição" e enfatizou seu desejo por "novas relações" entre Caracas e Washington. O presidente boliviano Evo Morales também comemorou a vitória de Obama. Em um comunicado, Chávez diz que "em nome do povo da Venezuela, congratula o povo dos Estados Unidos e o presidente eleito Barack Obama pela importante vitória".
Cáustico crítico do atual presidente americano George W. Bush, Chávez disse acreditar que "a histórica eleição de um descendente de africanos significará um marco de mudanças nas relações americanas com a Venezuela e a América do Sul em geral".
"Temos certeza que chegou o tempo de estabelecer novas relações entre nossos países e com nossa região, baseadas no respeito à soberania, igualdade e cooperação genuína", disse o comunicado. A Venezuela "ratifica sua vontade e determinação" em desenvolver "uma agenda bilateral construtiva, para o bem-estar dos povos venezuelano e americano", afirma o documento.
Chávez expulsou o embaixador dos Estados Unidos na Venezuela em meados de setembro, e Washington respondeu da mesma maneira.
Na Bolívia, o presidente Evo Morales comemorou a vitória histórica do democrata Barack Obama nas eleições americanas, e pediu ao presidente eleito que "acabe com o embargo econômico a Cuba e retire as tropas (americanas) de alguns países". "É histórica (a eleição de Obama), isso é seguro. Eu também tenho certeza que ele melhorará as relações entre o governo boliviano e o governo dos EUA. Nós congratulamos o grande triunfo de Obama", disse Evo aos jornalistas, antes de entrar na sede de governo para presidir uma reunião do gabinete.
As relações entre Washington e La Paz estão no ponto mais baixo em vários anos, após Morales ter expulsado em setembro o embaixador americano na Bolívia, Philip Goldberg, por suspeitas de ingerência em assuntos internos.
No final de semana, Evo irritou ainda mais os EUA, após proibir por tempo indefinido as operações da agência americana antinarcóticos, a DEA, na Bolívia. Ele acusou a agência de espionagem.