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Córdoba – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, estréia hoje como membro do Mercosul em uma reunião de dois dias que deve contar com uma rara aparição internacional do líder cubano Fidel Castro. A Venezuela tornou-se formalmente neste mês o quinto membro pleno do grupo. Amigo de Fidel, governando com o cofre cheio graças ao petróleo, Chávez tem uma relação conflituosa com os EUA, ao contrário de outros líderes do Mercosul, que mantêm uma relação que vai de cordial a amistosa.

Fidel deve viajar a Córdoba para assinar o maior acordo comercial de Cuba com o bloco. Com a presença de Chávez no Mercosul, Fidel se sente mais à vontade para visitar a região.

A adesão venezuelana pode aumentar as tensões no grupo, que já vive diversos conflitos internos entre os outros quatro membros plenos – Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai."Temos de ver se, na verdade, esses países vão falar a mesma língua ou se cada um tentará jogar seu próprio jogo", disse Norberto Consani, especialista em Relações Internacionais da Universidade Nacional de La Plata, na Argentina.

Os presidentes reunidos em Córdoba devem assinar um acordo comercial com Cuba reduzindo ou eliminando tarifas nas exportações do Mercosul para a ilha comunista. A presença de Fidel deve ser vista como uma tentativa de levar o Mercosul mais à esquerda, mas moderados como a chilena Michelle Bachelet, o uruguaio Tabaré Vázquez e até o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva podem resistir, assim com o centro-direitista paraguaio Nicanor Duarte Frutos. Chávez, Morales e Fidel devem comandar uma manifestação ao final da cúpula.

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