Shinaota – Bolívia e Venezuela assinarão hoje um ambicioso projeto petroleiro binacional, dentro do Tratado Comercial dos Povos (TCP), que os dois países promovem com Cuba para se contrapor ao TLC defendido pelos EUA. Os presidentes Evo Morales (Bolívia) e Hugo Chávez (Venezuela) assinarão cerca de 20 acordos, entre eles um que desenvolve o próspero negócio do petróleo, em cerimônia sem precedentes a ser realizada na localidade cocalera boliviana de Shinaota.

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Chávez anunciou na quarta-feira, em Caracas, que viajaria à Bolívia para assinar mais de 20 acordos com o colega Evo Morales, sobretudo em matéria de hidrocarbonetos e petroquímica, e cerca de 200 cartas de crédito para projetos comunitários.

Em meio a uma movimentação de policiais comparável à de épocas de convulsão social, os sindicatos cocaleros prevêem uma concentração de 50 mil produtores, estimou o porta-voz da Presidência, Alex Contreras.

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A Venezuela planeja investir US$ 1,5 bilhão no setor petroleiro boliviano, e US$ 100 milhões na agropecuária local, investimentos com os quais Chávez e Morales promoverão uma corporação trinacional, em associação com Cuba. As petroleiras estatais YPFB (Bolívia) e PDVSA (Venezuela) acertavam ontem os detalhes de cinco grandes projetos energéticos.

Entre os acordos, Chávez destacou o que estabelecerá o envio mensal de 200 mil barris de diesel, com facilidades de pagamento e uma parte da fatura paga com produtos, como a soja. Ele citou ainda o acordo que servirá para que a Venezuela certifique reservas de gás e petróleo na Bolívia.