O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está sendo submetido a tratamentos complementares "complexos" e "duros" em Cuba, após ter sido operado de um câncer detectado há mais de um ano e meio, disse nesta quarta-feira (13) o vice-presidente Nicolás Maduro.
Chávez foi operado de emergência em Havana no início de dezembro, um procedimento que foi seguido de diversas complicações, disseram autoridades. Desde então, ele não é visto nem ouvido em público, embora seu gabinete diga que segue no comando da Venezuela.
"Foi cumprido todo o ciclo do pós-operatório e hoje (quarta-feira) nosso comandante está sendo submetido a tratamentos complementares, como informamos, tratamentos extremamente duros", disse Maduro, que vem conduzindo o país na ausência de Chávez e que garantiu que acabara de chegar de Havana, onde visitou o mandatário.
"Está levando adiante, assimilando, como diria ele, em espírito de batalha, mas são tratamentos complexos, difíceis, que devem em algum momento ir fechando o ciclo de sua doença", acrescentou ele durante evento no interior do país.
Ministros e outros importantes funcionários do governo têm viajado com frequência a Cuba desde dezembro para acompanhar a evolução do presidente e levar documentos oficiais para sua aprovação.
O presidente do legislativo, Diosdado Cabello, está atualmente na ilha, disse Maduro.
Em dezembro, quando Chávez anunciou que iria se submeter à quarta cirurgia em 18 meses, nomeou Maduro como seu herdeiro político e pediu que o povo votasse nele caso sua doença o impedisse de voltar ao país e novas eleições fossem convocadas.
O governo disse que Chávez melhora de forma lenta, após cumprir todo o ciclo de um pós-operatório em que sofreu várias complicações e, inclusive, insinuou a possibilidade de um retorno, sem data definida até agora.
Contudo, a oposição não descarta o cenário de eleições antecipadas, depois que Chávez não pôde prestar juramento de posse em janeiro para o novo mandato ao qual foi eleito em outubro.