O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, defendeu ontem o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, pouco depois de uma reunião entre os dois na capital venezuelana, onde o iraniano deu início a uma viagem de cinco dias pela América Latina.
A visita ocorre em meio ao aumento das tensões entre o Irã e os EUA por causa do programa nuclear iraniano e de uma sentença de morte, emitida pelo Irã, contra um cidadão dos EUA.
"Eles nos apresentam como agressores", disse Chávez, a respeito de funcionários do governo dos EUA, enquanto recebia Ahmadinejad no palácio presidencial. "O Irã não invadiu ninguém. Quem jogou milhares e milhares de bombas nos outros, incluídas bombas atômicas?" "Coube a nós frear a loucura imperialista que agora se desencadeou como nunca antes", disse Chávez. Ele comentou, em tom de brincadeira, que porta-vozes e meios de imprensa do "imperialismo" disseram que ele e Ahmadinejad tinham se reunido em Caracas para atacar Washington "com uma bomba".
A visita de Ahmadinejad ocorre logo após os EUA imporem sanções mais fortes contra o Irã por causa do programa nuclear. Chávez e seus aliados apoiam o Irã, argumentando que o programa nuclear iraniano só tem finalidades pacíficas.
Os dois presidentes brincaram que a amizade deles não deveria causar preocupações. "Nós sempre estaremos juntos", disse Ahmadinejad. O iraniano brincou que, se ele e Chávez estivessem construindo uma bomba, "o combustível dessa bomba seria o amor". Ahmadinejad disse que Chávez é o "campeão" na luta contra o imperialismo.
Ahmadinejad se reunirá com o líder cubano Fidel Castro e com o presidente Raúl nesta semana, de acordo com informações do embaixador cubano em Teerã, William Carbó. A previsão é de que Ahmadinejad chegue a Cuba amanhã, seguindo depois para a Nicarágua e o Equador.
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