Investida do Estado
Desde que assumiu, em 1999, Chávez nacionalizou empresas de vários setores. Veja algumas delas:
Eletricidade - Em 2007, o governo anunciou a nacionalização do setor de eletricidade. A maior empresa estatizada foi a Electricidad de Caracas, empresa detida pelo grupo multinacional norte-americano AES.
Petróleo - Em 2008, Chávez assinou um decreto ordenando a nacionalização dos projetos de petróleo administrados por empresas estrangeiras na região do rio Orinoco, principal reserva petroleira venezuelana.
Cimento - O governo estatizou "toda a indústria do cimento", em resposta à suposta atitude desse setor que, segundo Chávez, exporta a maioria de sua produção em detrimento dos planos oficiais de habitação.
Santander - O Banco da Venezuela, que pertencia ao grupo espanhol Santander, foi nacionalizado no ano passado. O governo pagou o equivalente a US$ 1,2 bilhão pela empresa, menos do que o exigido pelo Santander.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, continuou ontem a onda de intervenções e desapropriações. Durante o programa "Alô Presidente, Chávez anunciou a intervenção em 80 empresas pertencentes a banqueiros processados por "irregularidades". Também decretou a desapropriação de três companhias e de outros nove comércios que supostamente incorreram em "violação de preços".
Além disso, ele afirmou que deve rever rapidamente o uso da água por multinacionais instaladas no país, como Coca-Cola e Pepsi. "A água que essas empresas privatizam pertence ao povo. A água é um bem social", afirmou. A Polar, maior empresa alimentícia da Venezuela e produtora da Pepsi no país, está sendo investigada por monopólio e especulação com alimentos.
A empresa Polar ainda teve de remover a logo da Pepsi, instalada no topo do prédio da companhia em Caracas, por supostamente não ter autorização para manter o globo metálico no alto do edifício.
Chávez também aprovou a "aquisição forçada" da Alentuy CA, que fabrica latas de alumínio e a Envases Internacional SA, que produz embalagens para o setor de alimentação.
No final de 2009, uma dezena de pequenas instituições financeiras, que representavam menos de 7% do sistema bancário nacional, sofreram intervenção do governo devido a "irregularidades" detectadas em sua administração. O governo anexou aos bancos públicos um grupo de bancos que sofreram intervenção.
Internet
No momento em que alcança a marca de 500 mil seguidores no Twitter, Chávez também aumenta o cerco a oposicionistas na internet. No último domingo, o presidente venezuelano acusou um site de notícias de divulgar "incitações a um golpe de Estado" contra seu governo, e ordenou as autoridades a "abrir uma investigação" sobre o caso.
"Continuam aparecendo incitações a um golpe de Estado e isso não pode continuar", disse Chávez em referência ao site Noticiero Digital. "Não acreditem que eu seja tão estúpido como fui há sete anos", advertiu o presidente, aludindo a abril de 2002, quando um golpe de estado o afastou do poder por dois dias.
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