Em Caracas, populares seguram cartazes com a foto do presidente venezuelano Hugo Chávez, torcendo para sua recuperação| Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

Horas depois de anunciar o fim de uma cirurgia bem-sucedida do presidente venezuelano, Hugo Chávez, seu vice, Nicolás Maduro, voltou ao Palácio Miraflores, em Caracas, para afirmar que a recuperação do Chávez será completa, apesar de ter sido uma "cirurgia complexa, difícil e delicada". Maduro destacou a dificuldade do processo de recuperação e reiterou seu pedido para que a saúde do presidente seja respeitada. Assim como no discurso anterior, Maduro não deu detalhes sobre a operação.

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"Foi uma operação complexa, difícil e delicada e por isso, o processo recuperatório será complexo e duro. Mas estamos mais unidos do que nunca. Estamos unidos na lealdade ao presidente Chávez. (Que) nosso povo esteja serenamente preparado para enfrentar esses dias que nos levarão a viver cenários complexos e difíceis", disse Maduro, acompanhado por alguns ministros. "Peço que se acabe o ódio permanente contra ele, que respeitem a saúde e a vida do comandante."

Maduro, indicado pelo próprio presidente como seu possível sucessor, aproveitou para pedir aos venezuelanos que participem das eleições regionais, marcadas para domingo. O pleito é considerado um teste para a capacidade de união da oposição, que registrou em 7 de outubro seu melhor resultado na era Chávez, com mais de 44% dos votos.

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"Esperamos que o domingo seja um festival de particpação de todo o povo", disse Maduro. "Com a ajuda de Deus vamos vencer e antes do que se espera teremos nosso comandante aqui", disse.

Para o sociólogo Julio Hernandez, um dos possíveis efeitos da doença de Chávez seria a redução das abstenções: "Paradoxalmente, a situação do presidente mobiliza eleitores dos dois lados do espectro político. De um lado, os opositores têm esperança de que Chávez saia da Presidência. De outro, seus seguidores esperam continuar seu projeto com outra pessoa. Mas creio que a oposição deve manter o mesmo número de estados", afirmou.