O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, designou nesta quinta-feira como novo ministro da Educação Superior Edgardo Ramírez, substituindo Luis Acuña, a sétima mudança no gabinete em um mês. A saída de Acuña coincide com uma greve nacional de dois dias, iniciada na véspera por professores de universidades públicas pedindo melhores salários.
Ramírez é professor de Economia na Universidade Central da Venezuela. As autoridades não informaram sobre as razões da mudança nem qual será o destino de Acuña, que estava no cargo desde janeiro de 2007.
No fim do mês passado, Chávez nomeou o ministro da Agricultura Elías Jaua como vice-presidente e o general Carlos Mata Figueroa como titular da Defesa. Jaua e Mata Figueroa substituíram o coronel reformado Ramón Carrizález, que renunciou em janeiro à vice-presidência e ao Ministério da Defesa, alegando motivos pessoais. Junto a Carrizáles se demitiu sua mulher, Yubirí Ortega, ministra do Meio Ambiente. Nesse posto assumiu Alejandro Hitcher.
Chávez substituiu ainda os ministros de Turismo, Pedro Morejón; da Cultura, Héctor Soto, e da Saúde, Carlos Rotondaro, e colocou nesses cargos Alejandro Fleming, Francisco Sesto e Luís Reyes Reyes, respectivamente.
Violação de direitos humanos
A Venezuela contestou, nesta quinta-feira, o relatório da comissão de direitos humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) que cita violações aos direitos humanos e repressão política sob o governo do presidente Chávez.
Ativistas locais aplaudiram o documento de 300 páginas afirmando que ele joga luz sobre as amplas violações que a comunidade internacional tem ignorado.
O relatório foi divulgado na quarta-feira pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos que cita a falta de independência do Judiciário venezuelano, o fechamento de empresas de comunicação e critica a discriminação e repressão política sob o governo Chávez.
"Nós não reconhecemos a comissão como uma instituição imparcial", disse Gabriela Ramirez, defensora pública dos direitos humanos na Venezuela. Ela disse que o relatório erroneamente conclui que "o Estado venezuelano ameaça a democracia e os direitos humanos".
Em resposta, Hugo Chávez anunciou nesta quinta-feira que a Venezuela vai abandonar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos e chamou que "excremento puro" o secretário do órgão, Santiago Canton.
Em coletiva de imprensa, Chávez disse que "vamos nos preparar para denunciar o acordo através do qual a Venezuela se inscreveu nesta, como quer que se chame, esta nefasta Comissão Interamericana de Direitos Humanos e a deixarmos. Não vale a pena, é uma máfia."
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