O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse no sábado que a Internet precisa ser regulada, quando criticou um site local de notícias que dias atrás difundiu a informação sobre o falso assassinato de um de seus ministros.
Chávez ainda questionou a televisão por assinatura pedindo também que se iniciem processos normativos para sua difusão.
"Li uma declaração da chanceler alemã, Angela Merkel. Ela disse algo muito correto, que a Internet não pode ser uma coisa livre onde se faça e se diga o que seja, cada país tem que aplicar suas regras", disse o militar aposentado em um ato do partido oficial, o PSUV.
O mandatário, acusado por organizações de direitos humanos de ser um detrator da liberdade de expressão, agregou que "os canais que entram na Venezuela por satélite não podem transmitir o que quiserem, envenenando a mente de muita gente, precisamos de regulação, de leis".
O presidente comentou que o site noticiasdigitales.com publicou durante dois dias informes que relatavam um atentado fictício a seu ministro de Obras Públicas e aliado próximo, Diosdado Cabello, que ainda é presidente da Conatel, órgão regulador das telecomunicações.
"Temos que trabalhar nisso. Vamos pedir apoio do promotor e da promotoria, porque isso é um delito. Tenho informação de que essa página periodicamente publica apelações de golpe de Estado", acrescentou o militar aposentado.
Há três anos a Venezuela negou a concessão para transmitir em sinal aberto o canal RCTV da oposição, que no final do ano passado foi tirado do ar da rede por assinatura por pedido da Conatel, que fechou ainda 64 emissoras de rádio.
Opositores do governo disseram temer que Chávez siga as linhas de controle de Internet de alguns de seus aliados políticos e comerciais como a China, Irã ou Cuba.
Não obstante, até o momento o mandatário não deu sinais desse tipo e inclusive convidou seus seguidores que inundem as redes sociais como o Twitter para difundir a revolução socialista que ele defende.
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