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A Promotoria argentina investiga o suposto financiamento que as Mães da Praça de Maio teriam recebido do presidente venezuelano, Hugo Chávez. O promotor federal Raúl Pleé pediu um relatório detalhado de toda a verba recebida do exterior pela organização.

A investigação ganhou força depois das denúncias feitas, na semana passada, por deputados da oposição venezuelana, que suspeitam que Chávez teria enviado pelo menos US$ 1 milhão para a organização. O dinheiro teria sido utilizado para a criação da "cátedra de pensamento bolivariano" da Universidade das Mães da Praça de Maio.

Nas visitas de Chávez a Buenos Aires, a líder da organização, Hebe de Bonafini, é presença constante. Ela ainda visita Caracas com frequência. Os deputados venezuelanos dizem que Hebe, fundadora da entidade, "é uma senhora mimada por Chávez".

Nos últimos anos, as Mães da Praça de Maio deixaram de lado a procura por filhos desaparecidos durante a ditadura e ampliaram suas atividades, transformando-se em uma empresa com empreendimentos na área de educação e construção civil. Elas também transformaram-se em uma organização que prepara manifestações favoráveis à presidente Cristina Kirchner.

As investigações sobre o suposto financiamento bolivariano coincidem com o escândalo de corrupção que atingiu a organização cujo protagonista é Sergio Schoklender, famoso parricida do início dos anos 80 que, em meados da década de 90, ao sair da prisão, transformou-se em braço direito de Hebe. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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