O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse que estará em Caracas no próximo domingo e que iniciará um tratamento de radioterapia "nas próximas semanas", depois de ser operado em Cuba para retirar uma nova lesão cancerígena que o obrigou a reduzir o ritmo de trabalho a poucos meses da eleição em que tentará a reeleição.

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Chávez, que garantiu meses atrás que havia vencido o câncer, leu um documento segundo o qual seus parâmetros vitais estão normais e se encontra em "bom estado" e em recuperação depois da terceira cirurgia que se submete desde que a doença foi diagnosticada na metade de 2011.

"Se Deus quiser, no próximo domingo à tarde eu vou estar em Caracas, na Venezuela, em casa", disse Chávez no encerramento de uma reunião em Havana, que foi gravada e transmitida na noite de domingo pelo canal estatal Venezolana de Televisión (VTV).

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Rodeado por vários de seus ministros e, enquanto aprovava recursos e revisava projetos, o presidente informou que "nas próximas semanas" está previsto o início da radioterapia anunciada anteriormente e com a qual continuará o tratamento iniciado no ano passado.

No encontro de mais de duas horas, contudo, ele não disse se o tratamento será realizado em Cuba, onde foi operado no fim de fevereiro, ou na Venezuela.

Médicos especialistas afirmaram que um tratamento de radioterapia costuma causar efeitos secundários que poderia frear a força do mandatário, que acostumou os venezuelanos a vários discursos e participações diárias em eventos públicos.

Uma fonte próxima ao caso médico do presidente disse à Reuters no fim de semana que o Hospital Militar de Caracas está pronto e à espera de sua chegada.

Chávez, que apareceu na televisão depois de vários dias de ausência, foi visto com energia e vestindo uma jaqueta esportiva tricolor, sentado na ponta de uma mesa, rodeado por sete de seus ministros e uma de suas filhas, com quem brincou, cantou e relembrou histórias.

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"Acredito que nós estamos em condições de iniciar o que poderíamos chamar de segunda sobremarcha ... agora com mais experiência, estamos muito mais maduros", acrescentou Chávez, se referindo à sua recuperação.

A recaída de Chávez abalou fortemente a cena política do país sul-americano, que se prepara para importantes eleições em outubro, nas quais o presidente buscará a reeleição por mais seis anos. Chávez já está há 13 anos no poder.