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Chávez, de 57 anos, domina a política venezuelana desde 1999, e disse que pretende concorrer a pelo menos mais dois mandatos de seis anos até 2025 | REUTERS/Jorge Silva
Chávez, de 57 anos, domina a política venezuelana desde 1999, e disse que pretende concorrer a pelo menos mais dois mandatos de seis anos até 2025| Foto: REUTERS/Jorge Silva

A próxima eleição presidencial na Venezuela foi marcada para 7 de outubro de 2012, quando Hugo Chávez pretende obter um novo mandato e consolidar a sua "revolução" socialista no maior exportador de petróleo da América do Sul.

O anúncio da data serve como tiro de partida do que deve ser uma acirrada disputa entre Chávez, que atualmente se submete a um tratamento contra o câncer, e um candidato único da oposição, a ser escolhido numa primária em fevereiro. O jovial governador estadual Henrique Capriles Radonski é visto como o favorito nessa disputa preliminar.

Chávez, de 57 anos, domina a política venezuelana desde 1999, e disse na terça-feira que pretende concorrer a pelo menos mais dois mandatos de seis anos até 2025.

Marcando a data da eleição para outubro -- e encerrando assim meses de especulações --, haverá bastante tempo para a campanha. Além disso, Chávez terá também um longo período para se recuperar. Ele foi operado em junho e inicia neste mês a quarta fase da quimioterapia contra um câncer de natureza não revelada.

Boris Segura, economista-sênior da Nomura International Securities em Nova York, disse que as autoridades foram sensatas na escolha da data, apesar de a Venezuela geralmente realizar eleições só em dezembro.

"Essa é uma notícia muito construtiva, pois dá à oposição tempo suficiente para fazer a campanha depois de escolher seu candidato em fevereiro", disse

Líderes oposicionistas temiam que a eleição ocorresse ainda antes, e se disseram satisfeitos. "As eleições em outubro de 2012 nos permitirão uma campanha longa e confortável", disse o dirigente política Henrique Ramos a jornalistas.

Eleições parlamentares no ano passado mostraram a Venezuela profundamente dividida entre chavistas e antichavistas. Analistas dizem que até um terço dos venezuelanos continuam indeciso para o pleito presidencial, o que significa que a campanha será crucial e potencialmente feroz.

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