O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, viaja neste sábado (6) a Cuba para iniciar o segundo ciclo de quimioterapia, com a qual busca superar o câncer que o aflige e se manter no controle da nação sul-americana.
A Assembleia Nacional, de maioria governista, aprovou no sábado, por unanimidade e em uma breve reunião extraordinária, a permissão solicitada pelo militar aposentado na véspera, assim que tomou a decisão junto à sua equipe médica cubano-venezuelana.
A oposição na Venezuela votou favoravelmente ao pedido presidencial.
Chávez, que completou 57 anos em julho, passou por uma cirurgia de urgência em Cuba no início de junho para extrair um tumor do tamanho de uma bola de beisebol. Semanas depois, realizou a primeira sessão de quimioterapia na ilha.
"A segunda etapa da quimioterapia... pode se estender para além dos cinco dias, por isso estou enviando a carta para cumprir com a Constituição", disse Chávez por telefone ao canal de TV estatal na sexta-feira.
Na segunda-feira, Chávez apareceu com a cabeça raspada e disse que sua nova aparência devia-se ao tratamento contra o câncer, que provocou queda de cabelo e motivou sua decisão de cortá-lo.
"O tratamento deve começar no domingo, exames, seguramente na segunda. Isso decidiremos lá (em Cuba), eles decidirão lá", disse o presidente à televisão.
Após a primeira sessão do tratamento, Chávez disse que não foram detectadas células cancerosas no seu organismo. Ele advertiu, no entanto, que "há risco de que apareçam".
As duas cirurgias a que foi submetido e a quimioterapia fizeram o presidente perder 15 quilos e deixaram seu rosto ligeiramente inchado. Mas o governante segue sem especificar de que tipo de câncer padece, além de negar insistentemente que tenha sofrido metástase.
A doença do presidente mantém o país em suspense, num momento em que a oposição encara as eleições de 2012 como sua melhor oportunidade para por fim ao governo encabeçado por Chávez desde 1999.
O mandatário, que se mantém no comando do país, disse que será candidato à Presidência nas eleições de 2012 e previu que governará o país sul-americano por mais seis anos.
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