O primeiro vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, expressou nesta segunda-feira, em nome do chavismo, sua alegria pela posse de Gustavo Petro como presidente da Colômbia e garantiu que "uma nova esperança se vislumbra" para o país vizinho.
"O narcoparamilitarismo que a governava deixou a Colômbia, esperamos que por muito tempo. A repressão, os desaparecimentos, os falsos positivos, as ligações com o narcotráfico, com a trapaça nas eleições deixaram a Colômbia, e uma nova esperança se vislumbra", disse Cabello durante uma entrevista coletiva.
Cabello foi enfático ao garantir que a Venezuela tem "grandes expectativas" em relação às ações de Petro, que assumiu ontem o poder, e que espera que as relações entre os dois países sejam retomadas em todos os níveis, não apenas na esfera econômica.
"Tenho certeza de que aqui na Venezuela muitos empresários venezuelanos estão fazendo as contas de como será para eles. Nós estamos fazendo as contas sobre quanto vamos crescer em termos humanos, o quanto vamos crescer nesse espírito bolivariano que vimos ontem”, declarou.
Da mesma forma, reiterou que a Venezuela "sempre" respeitará os assuntos internos da Colômbia, embora tenha "disposição" para trabalhar em conjunto.
"A Colômbia sabe que conta conosco. O presidente Nicolás Maduro estendeu os braços e o PSUV também estende os braços para apoiar no que possamos apoiar o povo colombiano e os partidos que apoiam o presidente Petro", acrescentou.
O número dois do Chavismo também se referiu à política migratória entre Colômbia e Venezuela e explicou que é preciso que esta deixe de ser vista "como um negócio".
“Certamente vão acontecer algumas coisas lá, que a Colômbia não vai gostar, que nós não vamos gostar. Mas é um equilíbrio, assim são as relações entre os povos e tenho certeza de que esse equilíbrio ajudará, não só os venezuelanos, mas também os colombianos", completou.
Tanto Maduro quanto Petro anunciaram que iriam restabelecer a partir de hoje as relações diplomáticas, rompidas desde 2019 devido a divergências entre o chavismo e o governo do ex-presidente Iván Duque, em todos os níveis.
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