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O governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) proclamou neste sábado (16) o ditador do país, Nicolás Maduro, como seu candidato às eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais buscará seu terceiro mandato no cargo, num processo marcado por perseguição e inabilitação de opositores.
O primeiro vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, considerado o número dois do chavismo, entregou o estandarte da formação a Maduro, após os discursos de seis apoiadores que encheram o ditador de elogios.
“Apesar de todas as adversidades, [Maduro] conseguiu manter a paz neste país, fazendo política, derrotando a oligarquia, não uma, mas muitas vezes”, disse Cabello, que alegou que um total de 4.240.032 militantes do PSUV apoiaram, em assembleias anteriores, que o ditador, no poder desde 2012, tente uma segunda “reeleição” consecutiva.
Os milhares de apoiadores que se reuniram no Poliedro de Caracas, o maior recinto coberto do país, responderam afirmativamente quando questionados se aprovavam a nomeação de Maduro “como candidato do PSUV e da revolução bolivariana” para as eleições de julho.
Depois disso, Cabello afirmou que Maduro foi homologado por aclamação como candidato presidencial, e que será inscrito como tal perante o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que abriu um período, entre os dias 21 e 25 de março, para apresentação das candidaturas.
Tomando o microfone, depois de agitar a bandeira do PSUV, Maduro agradeceu o apoio e prometeu lutar para vencer as eleições.
“Só existe um destino: a vitória popular. Façam o que fizerem, digam o que disserem, não foram e nunca serão capazes de nos derrotar”, bradou.
O ditador venezuelano – que conquistou sua primeira reeleição em 2018 com 6,2 milhões de votos, em eleições questionadas pela comunidade internacional – vai concorrer, agora com 61 anos, sem ainda estar claro quem serão os seus adversários.
Por parte da oposição majoritária, a ex-deputada María Corina Machado, que venceu as primárias em outubro do ano passado, espera concorrer, apesar de ter sido inabilitada para ocupar cargos públicos por decisão da Controladoria-Geral da República, o que a impedirá de registrar sua candidatura no CNE.