Diosdado Cabello disse que Juan Carlos Delpino faz parte de um “plano” para tirar a credibilidade do resultado que deu vitória a Maduro| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez
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O primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), o deputado nacional Diosdado Cabello, disse nesta segunda-feira (26) que o reitor eleitoral Juan Carlos Delpino, que questionou o resultado oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) dando a vitória no pleito presidencial ao ditador Nicolás Maduro, deixou o país e deve ser destituído pela Assembleia Nacional por “abandono do cargo”.

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Numa publicação no X, Delpino, membro do CNE vinculado à oposição, havia apontado “a gravidade da falta de transparência e veracidade dos resultados anunciados” e que faltam “provas que sustentem” a vitória de Maduro, proclamada pelo órgão eleitoral dominado pelo chavismo e ratificada pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

Segundo informações do site Efecto Cocuyo, Cabello disse em coletiva de imprensa exclusiva para meios de comunicação estatais que Delpino faz parte de um “plano” para tirar a credibilidade do resultado oficial do CNE.

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Cabello afirmou na coletiva que Delpino deixou a Venezuela rumo à Colômbia e, com a ajuda do governo dos Estados Unidos, foi para o Panamá. O número 2 do chavismo alegou que o destino final do reitor são os Estados Unidos, onde seria uma “testemunha protegida”.

“Ele abandonou o cargo e serão aplicados a ele os procedimentos previstos na Constituição e na lei. Cabe à Assembleia Nacional nomear e destituir os funcionários que por competência são sua responsabilidade e o caso dos reitores do CNE é de responsabilidade da Assembleia Nacional”, disse Cabello.

A oposição disponibilizou num site cópias de mais de 80% das atas de votação (documentos que o conselho eleitoral não divulgou), que comprovam que seu candidato, Edmundo González, venceu a disputa presidencial de 28 de julho.