O presidente do Parlamento da Venezuela, o chavista Jorge Rodríguez, disse nesta sexta-feira (4) que o líder opositor Edmundo González Urrutia deverá ficar na Espanha – onde está refugiado -, “até o fim de seus dias”.
“Eles [a Espanha] terão que lidar pelo resto de seus dias com esse asqueroso, um dos seres mais covardes e desprezíveis conhecidos na minúscula história dos apátridas”, escreveu Rodríguez no Instagram, em resposta às declarações que Urrutia fez hoje na Espanha, onde garantiu que seu exílio é temporário e que planeja retornar à Venezuela o mais rápido possível.
Rodríguez acusou o líder opositor – que foi o candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD) nas eleições presidenciais de 28 de julho, fraudadas pelo chavismo - de “mentir constantemente”, especialmente em relação à sua saída da Venezuela, cuja justiça emitiu um mandado de prisão contra ele por ter reivindicado, baseando-se nas atas eleitorais recolhidas dos centros de votação, a vitória nas eleições.
Além disso, Rodríguez, que é um forte aliado do ditador Nicolás Maduro, alegou que o opositor, de 75 anos, “viola as regras de asilo”, depois de solicitar formalmente esse mecanismo de proteção da Espanha.
Em um fórum de debate político realizado na Espanha, González Urrutia pediu a ajuda da Espanha para garantir que a soberania popular seja respeitada na Venezuela, em referência à sua reivindicação de vitória nas eleições, que conta com o apoio de vários países, incluindo os EUA. O Congresso espanhol, inclusive, o reconheceu como presidente eleito.
González também declarou a intenção de tomar posse como presidente em 10 de janeiro, quando começa o novo mandato presidencial, embora na Venezuela os líderes de todas as instituições do Estado, incluindo as forças armadas, aparelhadas pelo chavismo, defendam a vitória fraudada de Maduro nas urnas.
O Centro Carter, uma organização americana que foi observadora eleitoral nas eleições presidenciais venezuelanas, apresentou na quarta-feira (2) à Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, as atas originais de votação que mostram a vitória do opositor por 67% dos votos contra 31% de Maduro.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por chavistas, proclamou Maduro vencedor das eleições, embora não tenha divulgado as atas com os resultados detalhados.
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