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Venezuela

Chavista diz que quem não reconhecer “vitória” de Maduro não poderá disputar eleições

Diosdado Cabello, ministro do Interior, Justiça e Paz da Venezuela, também alfinetou o Brasil em entrevista coletiva, ao comentar veto à entrada nos Brics (Foto: EFE/Miguel Gutiérrez)

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O chavista Diosdado Cabello, ministro do Interior, Justiça e Paz venezuelano e primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), disse nesta segunda-feira (28) que políticos que não reconhecerem a “vitória” do ditador Nicolás Maduro na eleição presidencial de 28 de julho não poderão concorrer em outros pleitos no país.

“Quem não entra nesse trem fica sem passagem, tem quem queira, mas não vai poder porque não respeita os resultados, sempre que há eleições, aí, sim, são democratas, lá estão eles se reunindo”, disse Cabello numa coletiva de imprensa, segundo informações do site Efecto Cocuyo.

No final de julho, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro vencedor da eleição para presidente, sem ter divulgado os resultados detalhados por seção eleitoral.

A oposição divulgou num site cópias de 83,5% das atas de votação, comprovando que seu candidato, Edmundo González, venceu o pleito, e cobra para que ele tome posse em janeiro.

Para 2025, são esperadas eleições legislativas, estaduais e municipais na Venezuela. Atualmente, está sendo discutida uma reforma eleitoral na Assembleia Nacional, de maioria chavista, e a ditadura de Maduro planeja criar regras ainda mais rígidas para evitar a participação de oposicionistas.

Na coletiva desta segunda-feira, Cabello criticou o Brasil, por ter vetado a admissão da Venezuela como país-parceiro dos Brics na cúpula do bloco realizada na semana passada em Kazan, na Rússia. O Ministério das Relações Exteriores venezuelano chamou a atitude brasileira de “gesto hostil” na última quinta-feira (24).

“O ataque não foi contra a Venezuela, mas contra os Brics. Eles não querem a adesão da Venezuela por causa das reservas de petróleo que estariam à disposição dos Brics. Os Estados Unidos operaram como sempre [supostamente interferindo]. A Venezuela emergiu mais forte e o Brasil enfraquecido: caberá a eles responder pelas consequências porque a Venezuela continua a ter relações [internacionais]”, disse Cabello.

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