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O ditador Nicolás Maduro e seus aliados do chavismo iniciaram uma perseguição direta a Edmundo González depois das eleições presidenciais denunciadas por fraude
O ditador Nicolás Maduro e seus aliados do chavismo iniciaram uma perseguição direta a Edmundo González depois das eleições presidenciais denunciadas por fraude| Foto: EFE/Miguel Gutiérrez

A Venezuela convocou para consultas o embaixador da Espanha em Caracas, Ramón Santos, em resposta ao que o regime de Nicolás Maduro considerou “declarações insolentes e grosseiras” da ministra da Defesa do país europeu, Margarita Robles, que classificou a Venezuela como uma ditadura.

Ela havia criticado a perseguição e a limitação dos direitos fundamentais que os opositores políticos do chavista estão sofrendo após as eleições, denunciadas por fraude no país sul-americano.

O embaixador, conforme disse na plataforma de mensagens Telegram o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, aliado de Maduro, deve comparecer à sede dessa pasta nesta sexta-feira (13) a pedido do regime, que considera que as declarações de Robles “apontam para uma deterioração nas relações entre os dois países”.

Os funcionários do ditador Maduro, segundo Gil, também convocou sua embaixadora em Madri, Gladys Gutiérrez, para consultas, mas ele não explicou quando ela terá que comparecer.

Após a chegada do ex-candidato presidencial pela maior coalizão de oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, à Espanha - onde ele pediu asilo sob a alegação de que está sofrendo perseguição política e judicial na Venezuela -, Robles afirmou que o que o regime do país sul-americano está fazendo com “muitos” opositores é “inaceitável”.

Na quarta-feira, o Parlamento venezuelano, controlado pelo chavismo, propôs uma resolução que pode levar Maduro a romper “todas as relações diplomáticas, consulares, econômicas e comerciais” com a Espanha, cujo Congresso - apesar do voto contrário do Partido Socialista (PSOE), do presidente do governo, Pedro Sánchez - concordou em reconhecer González Urrutia como presidente eleito da Venezuela.

O líder opositor, que chegou a Madri no último domingo, pediu asilo por causa da perseguição que disse ter sofrido após a eleição presidencial de 28 de julho, cuja vitória oficial foi de Maduro, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O resultado foi validado pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), mas é alvo de denúncias de fraude.

A oposição alega que González Urrutia foi o verdadeiro vencedor, com base em mais de 80% das atas de votação que a coalizão pela qual ele disputou o pleito conseguiu em seções eleitorais.

A ditadura chavista, por sua vez, disse que essas atas, que foram publicadas posteriormente em um site pela oposição, são “falsas”.

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