María Corina Machado, líder opositora venezuelana, foi alvo de um violento ataque perpetrado por grupos chavistas, que invadiram com “paus e pedras” um comício que ela realizava nos arredores de Caracas, nesta quarta-feira (7).
A ex-deputada, que é candidata presidencial pela Plataforma Democrática Unida (PUD), a principal coalizão de oposição, denunciou o fato nas redes sociais e lançou um “alerta internacional”.
"Por tudo que se vê, a única maneira pela qual [Nicolás] Maduro pretende participar de uma eleição é à força. Faço um alerta ao mundo sobre o violento ataque do qual fomos vítimas esta tarde em Charallave, estado de Miranda. Mais de uma centena de apoiadores do regime [chavista] atacaram com paus e pedras e feriram vários dos espectadores [que estavam no local]. A polícia, que estava presente, com sua inação, amparou os coletivos armados", escreveu Machado em sua conta no X (antigo Twitter).
Segundo informações, vários apoiadores de Machado ficaram feridos no ataque, que ocorreu em Charallave, uma cidade localizada no estado de Miranda, que fica próximo à Caracas, capital venezuelana. A candidata foi evacuada do local por uma equipe de escolta e alguns colaboradores.
Vídeos veiculados nas redes sociais mostram dezenas de pessoas vestidas com as cores e os símbolos do chavismo rompendo uma cerca e gritando slogans contra a oposição.
Machado participou mais cedo de forma virtual da reunião do Subcomitê de Assuntos Hemisféricos do Congresso dos EUA, onde reiterou que “o regime de Maduro se encontra na posição mais frágil de sua história”.
Este não foi o primeiro ataque que a oposição venezuelana sofreu durante a campanha eleitoral. O ex-candidato presidencial Henrique Capriles também foi agredido fisicamente em duas ocasiões por grupos governistas.
Machado, que teve sua inabilitação política confirmada pelo Supremo Tribunal da Venezuela, que é ligado ao chavismo, foi escolhida através das primárias da oposição como a candidata que deverá enfrentar o ditador Maduro nas eleições presidenciais marcadas para ocorrer neste ano.
Nas últimas semanas, o regime de Caracas intensificou sua perseguição contra opositores. Maduro até chegou a dizer que o acordo fechado com a oposição em 2023 estava “ferido de morte”.
Governo promete reforma, mas evita falar em corte de gastos com servidores
Bolsonaro chora e apoiadores traçam estratégia contra Alexandre de Moraes; acompanhe o Entrelinhas
“Vamos falar quando tudo acabar” diz Tomás Paiva sobre operação “Contragolpe”
Brasil tem portas fechadas em comissão da OEA para denunciar abusos do STF