O chef de cozinha americano Mario Batali, 57, foi afastado de sua empresa -a Batali & Bastianich Hospitality- por tempo indeterminado após quatro mulheres o acusarem de cometer assédio sexual por pelo menos duas décadas.
Elas relataram ao site "Eater New York", de forma anônima, situações de assédio, como vezes em que Batali passava a mão em seus seios e bundas.
Três das mulheres trabalharam para Batali em algum momento durante suas carreiras. Uma ex-funcionária afirma que, ao longo de dois anos, ele a agarrava por trás repetidamente e a mantinha presa contra seu corpo. Outra afirmou que ele agarrou seus seios em uma festa, enquanto estava bêbado.
O chef não negou as acusações, reconheceu "falhas" pessoais e disse que os relatos "combinam" com seu comportamento.
"Esse comportamento estava errado e não há desculpas. Eu assumo toda a responsabilidade e sinto muito por qualquer dor, humilhação ou desconforto que eu tenha causado aos meus colegas, funcionários, clientes, amigos e familiares", disse.
"Levamos essas alegações muito a sério", disse o grupo Batali & Bastianich Hospitality - que presta serviços a 24 restaurantes de Batali, Joe Bastianich e outros. "Temos políticas e práticas sólidas no local que tratam de assédio sexual."
Em outubro de 2017, uma funcionária reportou o comportamento inapropriado de Batali para a empresa. Esta foi a primeira reclamação formal contra o chef, que foi repreendido e obrigado a fazer um treinamento, de acordo com a companhia.
Ele também foi afastado do programa de TV culinário "The Chew", que apresenta desde 2011.
Batali é sócio do complexo gastronômico Eataly, em São Paulo, e é dono de restaurantes como o Babbo, em Nova York, e do B & B Ristorante, em Las Vegas. O chef construiu um império que solidificou seu nome como um dos principais ícones culinários americanos.
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