O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, vai reunir-se com autoridades iranianas em Teerã, na segunda-feira, com o objetivo de "fortalecer o diálogo e a cooperação", informou a agência.
A decisão de Amano de aceitar o convite iraniano para visitar a República Islâmica pode ser um sinal de progresso nas negociações realizadas entre a agência nuclear da ONU e o Irã sobre o polêmico programa nuclear iraniano.
"Amano viajará para Teerã para se reunir com altos funcionários do governo iraniano na segunda-feira, dia 11, com o objetivo de fortalecer o diálogo e a cooperação", anunciou a agência da ONU que vela pelo uso pacífico da energia atômica.
Esta é a primeira visita de Amano ao Irã desde maio de 2012, quando teve uma reunião sem resultados com os responsáveis do programa atômico iraniano.
A AIEA esclarece que esta visita acontece separadamente ao encontro que acontecerá em Teerã entre os inspetores do órgão com responsáveis iranianos para tentar fechar uma agenda de controles que permitam descartar que o programa nuclear do país asiático oculta alvos militares.
Esta será a 13ª reunião em menos de dois anos para chegar a um acordo sobre um sistema de inspeções e acesso dos analistas a documentos que sirvam para esclarecer o que a AIEA considera "assuntos pendentes" e tirem as dúvidas a respeito da natureza do programa atômico do Irã.
No último encontro, realizado em 29 de outubro em Viena, as partes garantiram em um incomum comunicado conjunto que os contatos tinham sido produtivos, que o Irã tinha apresentado "novas propostas e medidas práticas" que se espera que sejam desenvolvidas na reunião da segunda-feira.
A AIEA exige do Irã há quase dois anos mais acesso a instalações por especialistas nucleares para esclarecer as possíveis dimensões militares do programa atômico da República Islâmica.
O Ocidente teme que sob o guarda-chuva de um suposto programa nuclear civil, o Irã queira aproveitar materiais e conhecimentos para um possível potencial atômico militar.
Teerã rejeita estas alegações e afirma que suas atividades nucleares só têm objetivos pacíficos, como a geração de energia elétrica e a luta contra o câncer.
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